A sociedade checa é, exteriormente, muito mais inteligente do que era. Em comparação com o período socialista, há muito mais licenciados e diplomados do ensino secundário, e cada vez menos diplomados das escolas especiais, que já não são escolas especiais porque um dia se transformaram magicamente em escolas primárias. Assim, há mais pessoas com diferentes percursos escolares e muito mais anos passados na escola do que anteriormente.Poder-se-ia concluir que este fenómeno tem um custo para o nosso país. E está a custar-nos também.
Não é o que deveria ser. Isto porque a única coisa que esta tendência trouxe foi uma escassez desesperada de artesãos e trabalhadores manuais. Se não fossem os ucranianos, os outros imigrantes e os turbadores de gás, não sei quem faria este trabalho. Ao mesmo tempo, prolifera o número de pessoas que precisam de ser reeducadas das humanidades para outros domínios, onde não podem ganhar a vida. E será que essa educação funcionaria noutra coisa qualquer? De facto, não. Pelo menos minimamente. Muitos liceus não garantem trabalho qualificado. Quanto à inteligência
Toda a gente sabe certamente que não podemos viver acima das nossas possibilidades. Só recebemos o que ganhamos. Mas quando se trata do Estado, eles não querem saber. Quando sentem que têm pouco, pedem dinheiro ao Estado, que já é mais pobre do que os ratos de igreja. Porque os ratos da igreja não podem viver com dívidas, mas o Estado pode. E, na ausência de políticos sensatos, o povo vota indiferentemente nos populistas. Estes prometem e esperam cumprir. Graças a isso, já não há políticos sensatos, apenas populistas, grandes e pequenos. Ou conhece alguém que esteja preparado para governar melhor este país? Eu não conheço nenhum. Os últimos que pretenderam sê-lo tornaram-se populistas no atual governo. E nenhum se ofereceu. Por isso, nas próximas eleições, ganharão aqueles que só fazem promessas. E aqueles que fizeram saber que estão dispostos a fazer política com os comunistas desacreditados, mesmo que não tencionem fazer política com eles. Pode fazê-lo você mesmo. Por isso, estou a quebrar o pau da sociedade checa. E sinto-me cada vez mais envergonhado por fazer parte dela.