As férias têm normalmente como tema a natureza, algures na floresta ou no prado. Se não fizeres tanto barulho como a família Homolka, podes ter muitas surpresas. Não é boa ideia fazer muito barulho. Na melhor das hipóteses, podes ser multado pelo guarda-caça. Ou então és um vigilante. Vejo muitas famílias assim na floresta. Todos, especialmente as crianças, andam pela floresta a olhar para os seus telemóveis. Pelo menos não fazem barulho. Mas se ficarem calados, podem dar de caras com um javali. Não, estou a brincar. Os javalis seriam mais assustadores do que tu, por isso costumam fugir. É muito raro um javali atacar um humano. Mas se decidires apanhar um javali com crias e fazer dele o teu animal de estimação, estás metido num grande sarilho. O melhor é ficar calado e ignorá-lo. Ele não o reconhecerá. Ela não vai reparar em ti.
Uma experiência agradável que tive recentemente foi quando o meu parceiro estava a dar uma vista de olhos na floresta, nas montanhas ou no que quer que fosse e, de alguma forma, tomou um caminho errado ou algo do género. Chegámos a um rio onde era suposto haver uma ponte. Não havia nenhuma ponte e não queríamos voltar a caminhar sobre aquele grande pedaço, por isso descalçámo-nos e nadámos até à outra margem. Que experiência. Já não conseguia fazer aquilo desde miúdo e agora voltou à minha memória em toda a sua glória. A água estava gelada, mas valeu a pena.
Sentámo-nos numa rocha no meio e vimos a água a passar. Era bastante grande, por isso devia ter muitos anos. Era hora do almoço e ele andava à caça de lagostins para almoçar. Sempre pensei que os lagostins só se moviam à noite. Também havia peixes a nadar, mas não estou familiarizado com eles e não sei de que espécie. Perguntei ao meu companheiro, sem sucesso, mas tentei e descobri que era um tubarão de perna curva, que é comum aqui. Ou pelo menos era o que eu pensava. Na praia havia ratazanas do sul que podiam ser confundidas com mosquitos e eu tinha muita experiência a atravessar o rio.